terça-feira, 9 de outubro de 2018

Um Trump / Bolsonaro e afins...à portuguesa!!!!



Ventura deixa Loures para criar novo partido (em defesa da prisão perpétua e contra casamento homossexual)


O vereador da Câmara de Loures André Ventura deverá renunciar ao mandato ainda este mês, por se sentir “deslegitimado” pela concelhia, e também desistir do seu movimento para destituir Rui Rio da liderança do PSD. O próximo passo é a criação de um novo partido, o “Chega”.
Segundo o jornal iAndré Ventura, vereador do PSD na Câmara de Loures, tenciona renunciar ao mandato autárquico “ainda este mês” por se ter sentido “deslegitimado”pela concelhia social-democrata.
“Não é possível manter-me como a face visível do PSD em Loures, sentindo-me deslegitimado”, disse o advogado ao jornal, que tem sido o rosto do movimento CHEGA, uma iniciativa para promover um congresso extraordinário para destituir Rui Rio da liderança do partido.
A intenção de Ventura é, agora, transformar o “Chega” num novo partido político que terá como principal objectivo apresentar-se como alternativa ao PSD de Rio.
Este novo partido deverá ser oficialmente lançado nesta terça-feira, segundo o i que nota qu Ventura pretende “começar de imediato a recolha de assinaturas e os convites individuais para integrar a nova estrutura” que está a preparar.
As grandes linhas orientadoras do novo partido de Ventura passam por defender o regresso da prisão perpétua para homicidas e violadores, a castração química para pedófilos, a proibição do casamento homossexual e a redução do número de deputados para apenas 100, conforme refere o i.
O diário nota ainda que o partido de Ventura vai defender “um autêntico liberalismo económico e político” e promover uma “completa redefinição do sistema fiscalportuguês” par que “todos contribuam”.
O grande objectivo é “evitar uma nova maioria de esquerda” nas próximas eleições legislativas em 2019, como constata fonte próxima do político ao i.
Ventura, que nas eleições autárquicas foi o candidato do PSD à Câmara de Loures, acabou por ficar isolado, “tanto pelos demais críticos, como pela concelhia do PSD/Loures que considerou, em comunicado, que Rui Rio é o líder eleito democraticamente e, por isso, demarcou-se de qualquer iniciativa para provocar um congresso”, lê-se no i.
No sábado, em declarações ao Diário de Notícias, Ventura já tinha considerado que este comunicado da autarquia era como uma “facada nas costas”. Porém, de acordo com os dois jornais, o “golpe final” aconteceu depois das declarações ao Expresso do antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro (que seria o seu candidato), que defendeu que Rio “tem o direito de disputar as legislativas de 2019”.
Segundo afirmou ao DN, o seu movimento já teria mil assinaturas de militantes, sendo necessárias 2500 para convocar um congresso. No entanto, escreve o i, também não ajudou o facto de a distrital de Lisboa, liderada por Pedro Pinto – apoiante de Santana Lopes nas diretas que elegeram Rio -, se ter demarcado deste movimento. Dois dos eventuais candidatos à liderança do PSD – Miguel Pinto Luz e Pedro Duarte – também não quiseram ver o seu nome associado a Ventura.
“A história e as bases do PSD não perdoarão a nenhum daqueles que poderiam ter evitado a tragédia eleitoral e não o fizeram, nem os que pensando acima de tudo em si mesmo e nas suas carreiras, deixaram que o partido se transformasse num reduto insignificante e indiferenciado”, declarou Ventura ao i, assegurando que, para já, vai continuar a fazer a recolha de assinaturas.
“Decidiram enterrar o machado de guerra e promover uma paz podre e calculista”, acusa ainda o autarca, sem nomear, no entanto, os destinatários da crítica.
Nas autárquicas, o advogado protagonizou uma das candidaturas mais controversas, devido às suas críticas contra a comunidade cigana de Loures. O CDS esteve para concorrer coligado com o PSD mas depois decidiu ter uma candidatura autónoma.
ZAP //

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