Os investigadores concluíram que o espião tomou uma bebida 109 vezes durante a franchise: uma média de 4,5 vezes por filme, o que demonstra que Bond terá um problema "severo" com álcool.
Um estudo académico concluiu que James Bond é um alcoólico severo, com base na quantidade de bebidas que o espião ingeriu ao longo dos vários filmes que protagonizou desde 1962 (Dr. No) até 2015 (Spectre). Segundo os investigadores, a personagem deveria, no seu mundo fictício, recorrer a ajuda profissional facultada pelo MI6, a agência de inteligência britânica.
Os cientistas de saúde pública da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisaram os 26 filmes do espião inglês e descobriram que Bond, que prefere o Martini "agitado, não mexido", tem uma perturbação crónica relacionada com o abuso de álcool. "Há provas fortes e consistentes que mostram que James Bond tem um problema crónico de consumo de álcool", arguiram no estudo publicado no Jornal de Medicina da Austrália.
As provas? Na análise, determinaram que a personagem tomou uma bebida alcoólica 109 vezes durante a série cinematográfica – uma média de 4,5 vezes em cada filme -, batendo o seu recorde em Quantum of Solace (2008) quando o espião, protagonizado pelo actor Daniel Craig, consumiu 24 bebidas, o que teria deixado com um nível de álcool potencialmente fatal no sangue.
Os investigadores da Nova Zelândia também consideraram que o elevado consumo de álcool levou o inglês a arriscar-se em comportamentos de risco, como lutas, condução a alta-velocidade e esforços físicos extremos.
De forma a estruturarem o estudo, a equipa de cientistas teve como base a obra DSM-5 - Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (vários autores), que é usada por profissionais de saúde mental para diagnosticar problemas de foro mental. O comportamento do 007 insere-se em pelo menos seis e possivelmente nove dos critérios para determinar se um paciente é alcoólico, o que demonstra que a personagem tem um problema "severo" com bebidas.
No estudo, a entidade que emprega o espião – o MI6 – também é criticada por ser irresponsável com a personagem. "A administração do MI6 precisa redefinir o trabalho de Bond para reduzir o seu nível de stress", argumenta o professor Nick Wilson, principal autor do estudo.
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