quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Viciada em sexo diz que cinco vezes por dia "não era suficiente"

Sabe que existem pessoas viciadas em sexo? E nesses casos trata-se de uma doença ou um simples modo de vida? A Organização Mundial de Saúde pondera incluir o "transtorno de comportamento sexual compulsivo" na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, no entanto alguns especialistas não estão de acordo. É o que vamos tentar explicar neste artigo, contando duas histórias. 

Rebecca Barker tem 37 anos, é natural de Tadcaster, Inglaterra, e é viciada em sexo. Numa entrevista à BBC explica como o vício arruinou o seu relacionamento e como fez com que se isolasse das pessoas. "Passei a evitar estar com pessoas, isolei-me", explica.
Rebecca conta que estava sempre a pedir ao companheiro para terem relações sexuais e que nunca era suficiente. "Sentia uma satisfação instantânea e cinco minutos depois queria mais".

"A PRIMEIRA COISA EM QUE PENSAVA QUANDO ACORDAVA ERA EM SEXO. SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUIA TIRAR A IDEIA DA CABEÇA"

A necessidade constante de ter relações sexuais levou ao fim da relação de Rebecca com o marido. Ao início o companheiro gostou da ideia mas depois considerou que se tratava de uma situação insustentável.
"Ele lidou bem com a situação no início, mas no final já não entendia. Alguns meses depois começou a fazer perguntas sobre as causas e de onde vinha a minha vontade. (...) Chegou a acusar-me de ter um caso. Ele pensava que eu sentia-me culpada e que queria fazer sexo com ele para o compensar", afirma Rebecca.

TRANSTORNO DE COMPORTAMENTO SEXUAL COMPULSIVO

Segundo a BBC, a Organização Mundial de Saúde deverá incluir em 2019 o "transtorno de comportamento sexual compulsivo" na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, apesar da questão dividir alguns especialistas.
Graham (nome fictício) tem 60 anos e traiu a mulher com "centenas" de prostitutas devido ao vício do sexo. Diz que "é como ser um alcoólico" mas que "não há nada sexy nisso".
"Quando estás completamente viciado, ficas obcecado e só pensas em sexo, desde a hora em que acordas até à hora em que vais dormir"
Graham diz que durante vários anos gastou centenas de libras todos os meses para estar com profissionais do sexo.

"FOI UMA EXPERIÊNCIA HORRÍVEL E ASQUEROSA. QUANDO ACORDAS DE MANHÃ COM CLAMÍDIA (DST1) NÃO É SEXY".

Graham diz que parou de se envolver com outras mulheres quando a esposa descobriu o que se passava. Depois disso procurou ajuda numa associação com várias instalações no Reino Unido, a Viciados em Sexo Anónimos (Sex Addicts Anonymous).

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