quarta-feira, 30 de março de 2011

BOM DIA...

Desci as escadas de 3 em 3, a olhar desconfiado para o elevador que está em "bloqueio".

Andei apressado para o carro que afinal estava do outro lado, uma cagadela de pássaro enfeita o vidro.

1ª e aí vou eu!

Primeiro sinal a verde, segundo em amarelo tinto, curva recambolesca à esquerda (sai daí ó tótó!!!) passo debaixo do aqueduto, subo a A5, desço a A5,subo a A5,saio da A5...

...A5,A5,A5...

olha, aquele conhece-me...apitou!

Entro no parque de estancionamento, BOM DIA!

Estanciono!!!

Já tou cansado!

Raios...tanto trabalho logo pela manhã!!!

domingo, 27 de março de 2011

MUSICA, DIVINA MUSICA!!!

Tanto duvidaram dele, da teoria daquele jovem gênio musical, que ele resolveu provar pra si mesmo, empiricamente, a teoria de que não existem animais selvagens. Que os animais são tão ou mais sensíveis do que os seres humanos. E que são sensíveis sobretudo ao envolvimento da música, quando esta é competentemente interpretada.

Por isso, uma noite, esgueirou-se sozinho pra dentro do Jardim Zoológico da cidade e, silenciosamente, se aproximou da jaula dos orangotangos. Começou a tocar baixinho, bem suave, a sua magnífica flauta doce, ao mesmo tempo em que abria a porta da jaula. Os macacões quase que não pestanejaram. Se moveram devagarinho, fascinados, apenas pra se aproximar mais do músico e do som.

O músico continuou as volutas de sua fantasia musical enquanto abria a jaula dos leões. Os leões, também hipnotizados, foram saindo, pé ante pé, com o respeito que só têm os grandes aficionados da música. E assim a flauta continuou soando no meio da noite, mágica e sedutora, enquanto o gênio ia abrindo jaula após jaula e os animais o acompanhavam, definitivamente seduzidos, como ele previra.

Uma lua enorme, de prata e ouro, iluminava os jacarés, elefantes, cobras, onças, tudo quanto é animal de Deus ali reunido, envolvidos na sinfonia improvisada no meio das árvores. Até que o músico, sempre tocando, abriu a última jaula do último animal - um tigre.

Que, mal viu a porta aberta, saltou sobre ele, engolindo músico e música - e flauta doce de quebra. Os bichos todos deram um oh! de consternação. A onça, chocada, exprimiu o espanto e a revolta de todos:

- Mas, tigre, era um músico estupendo, uma música sublime! Por que você fez isso? E o tigre, colocando as patas em concha nas orelhas, perguntou:

- Ahn? O quê, o quê? Fala mais alto, pô!

MORAL: OS ANIMAIS TAMBÉM TÊM DEFICIÊNCIAS HUMANAS.

Millor Fernandes

sábado, 26 de março de 2011

MOMENTO DE REFLEXÃO

Nas horas graves, os olhos ficam cegos; é preciso, então, enxergar com o coração.
Antoine de Saint-Exupery


O OLEIRO E O POETA

Há muito tempo, na cidade de Zahlé, ocorreu uma rixa entre um jovem poeta, de nome Fauzi, e um oleiro, chamado Nagib.
Para evitar que o tumulto se agravasse, eles foram levados à presença do juiz do lugarejo.
O juiz, homem íntegro e bondoso, interrogou primeiramente o oleiro, que parecia muito exaltado.

"Disseram-me que você foi agredido? Isso é verdade?"

"Sim, senhor juiz." - confirmou o oleiro - "fui agredido em minha própria casa por este poeta. Eu estava, como de costume, trabalhando em minha oficina, quando ouvi um ruído e a seguir um baque.
Quando fui à janela pude constatar que o poeta Fauzi havia atirado com violência uma pedra, que partiu um dos vasos que estava a secar perto da porta.
Exijo uma indenização!" - gritava o oleiro.

O juiz voltou-se para o poeta e perguntou-lhe serenamente: "Como justifica o seu estranho proceder?"

"Senhor juiz, o caso é simples." - disse o poeta.
"Há três dias eu passava pela frente da casa do oleiro Nagib, quando percebi que ele declamava um dos meus poemas. Notei com tristeza que os versos estavam errados. Meus poemas eram mutilados pelo oleiro.
Aproximei-me dele e ensinei-lhe a declamá-los da forma certa, o que ele fez sem grande dificuldade.
No dia seguinte, passei pelo mesmo lugar e ouvi novamente o oleiro a repetir os mesmos versos de forma errada.
Cheio de paciência tornei a ensinar-lhe a maneira correta e pedi-lhe que não tornasse a deturpá-los.
Hoje, finalmente, eu regressava do trabalho quando, ao passar diante da casa do oleiro, percebi que ele declamava minha poesia estropiando as rimas e mutilando vergonhosamente os versos.
Não me contive. Apanhei uma pedra e parti com ela um de seus vasos.
Como vê, meu comportamento nada mais é do que uma represália pela conduta do oleiro."

Ao ouvir as alegações do poeta, o juiz dirigiu-se ao oleiro e declarou: "que esse caso, Nagib, sirva de lição para o futuro. Procure respeitar as obras alheias a fim de que os outros artistas respeitem as suas.
Se você equivocadamente julgava-se no direito de quebrar o verso do poeta, achou-se também o poeta egoisticamente no direito de quebrar o seu vaso."

E a sentença foi a seguinte: "determino que o oleiro Nagib fabrique um novo vaso de linhas perfeitas e cores harmoniosas, no qual o poeta Fauzi escreverá um de seus lindos versos. Esse vaso será vendido em leilão e a importância obtida pela venda deverá ser dividida em partes iguais entre ambos."

A notícia sobre a forma inesperada como o sábio juiz resolveu a disputa espalhou-se rapidamente.
Foram vendidos muitos vasos feitos por Nagib adornados com os versos do poeta. Em pouco tempo Nagib e Fauzi prosperaram muito. Tornaram-se amigos e cada qual passou a respeitar e a admirar o trabalho do outro.

O oleiro mostrava-se arrebatado ao ouvir os versos do poeta, enquanto o poeta encantava-se com os vasos admiráveis do oleiro.

quinta-feira, 17 de março de 2011

QUESTÃO?

Colocaram-me esta questão:

"A Clara e o Mateus moram num prédio muito alto e a Clara mora 12 andares acima do Mateus. Um dia, ele decidiu visitá-la e foi pelas escadas. Sabendo que parou a meio, no 8 andar, em que andar mora a Clara?"

Eu, como sou amigo do Mateus, perguntei-lhe mas...

...Nem o Mateus sabe!!!

Ele confessou-me que saiu de casa para ir à Clara mas apanhou logo com o vizinho de cima, um desportista de sofá, ferrenho, que o convidou a ver o futebol...e ele ficou!

Depois, quando o jogo terminou e o vizinho deixou, subiu mais uns andares a caminho da casa da Clara mas...apareceu à porta de um dos apartamentos, "aquela" vizinha que põe o Mateus a gaguejar, a perguntar-lhe se ele não queria “ver um filme”…e ele entrou.


Já meio trocado e muito gago, depois de a vizinha ter acabado com o filme, ainda tentou subir até à Clara, mas...encontrou na escada a vizinha velhinha que lhe pediu para ir passear o cão…e ele passeou.


Quando voltou, de rastos porque o raio do cão “apanhou uma cadela”, largou-o no hall do edifício e ele foi escada acima, enquanto a velhota gritava impropérios lá do alto, pela forma como o Mateus trouxe o animal.


Depois, começou a subir as escadas ainda com o objectivo de ir à Clara.

Quando pensou estar no piso dela, bateu à porta mas ninguém respondeu…empurrou-a, à porta, que estava apenas encostada e…


*TCHARAM*

…estava em casa.


Pensou…”vou mas é dormir…que raio de ideia esta que eu tive de ir a pé a casa da Clara…amanhã vou mas é a casa da Rute, que vive lá para o Seixal…deve ser mais fácil lá chegar!!!"


Tirou o cachecol do clube do vizinho que este lhe deu, tomou um chá para a gaguez, limpou as calças dos pêlos do cão e foi-se deitar.


Quanto a mim, vou andando…apanhar o elevador para a casa da Clara...só para confirmar em que andar ela mora!!!.

quarta-feira, 2 de março de 2011

TEMOS PENA!


Cresci com os ensinamentos da minha Mãe, que preservei até aos dias de hoje. Os meus valores e a minha forma de estar foram sempre pautados sobre esses ensinamentos. Talvez por isto a minha dificuldade em aceitar algumas coisas que ouço dizer a pessoas ditas responsáveis.

Vem este comentário à baila devido a terem-me entrado pela casa dentro, via televisão, umas quantas pessoas de vários quadrantes da sociedade política e não só, de vários cantos do mundo.


O tema era o terrorista kadafi (a letra pequena é propositada e não principio de qualquer acordo ortográfico) e a sua condenação pública, pela defesa dos Direitos Humanos.


Pois dizia esta gente que, o terrorista, tinha de ser acusado e condenado pelos seus actos!


Não posso estar mais de acordo mas, deixem-me que pergunte:


- Onde esteve esta gente ao longo de anos e anos enquanto o terrorista esteve na mó de cima?


Pois posso dizer que estavam ainda por nascer


ou


não estavam alertas para o tema


ou


havia mais em que pensar


ou


não era o momento oportuno…sei lá!


A verdade é que estes que agora falam, pelos meus valores, são quase tão maus como os ratos embaixadores do kadafi que a gora desertam por esse mundo fora…uns e outros fecharam os olhos e pactuaram com o terrorista, o seu sistema e os seus métodos. Todos eles foram ao “beija-mão” nas tendas terroristas, com a cobertura mediática que pretendiam


Por muito menos e com grandes mentiras deu-se origem a uma guerra no Iraque.


Bom, mas a minha revolta tem só a ver com os falsos moralistas. Ok…sei que hoje em dia temos disto ao virar da esquina e temos de nos saber defender deles e saber separar o trigo do joio mas desculpem lá…é preciso ter muita cara de pau para quem esteve sempre calado e a admitir que este terrorista fizesse o que bem entendia, vir agora agitar bandeiras de condenação.


Ok, pronto…eu sei…os “interesses” estão acima de qualquer ideologia e pautam a nossa actuação…

TEMOS PENA!